domingo, 20 de janeiro de 2013




"No momento que seu filho descobrir que você o engana você não será mais um pai ou mãe perguntável. Você perde a credibilidade, mas seu filho continua curioso e perguntará aos colegas". (Marta Suplicy)






QUESTÕES

1 - As crianças não têm sexualidade; portanto, não é necessário que os pais se preocupem com esse tipo de educação?
As crianças tem sexualidade, portanto os pais devem se preocupar com esse tipo de educação, pois as mesmas manifestam ações de natureza sexual desde seu princípio, sendo que é uma manifestação diferenciada das dos adultos. É obrigação dos pais orientar seus filhos sobre esse assunto antes que eles busquem essa informação fora de casa, visto que em sua maioria são passadas de maneira errada e distorcida.
Portanto a sexualidade da criança não pode ser entendida no sentido genital, mas sim no contexto de uma série de experiências psicológicas e físicas que aos poucos vai dando forma a seus pensamentos e a seu corpo, no que ela pensa sobre seu corpo e como a sente.
2 - Devemos reprimir a curiosidade da criança sobre sexo, basta que elas saibam “dessas coisas” na adolescência?
Não devemos reprimir a curiosidade da criança sobre sexo, o ideal é conversar é aproveitar os exemplos do dia a dia para debater com os filhos a respeito desse assunto, e aproveitando esse momento de curiosidade para orientá-la, ou seja, para falar sobre o assunto naturalmente sem constrangimentos, e assim aumentar suas possibilidades de perguntar, indagar e aprender sobre sexualidade. Assim o aprendizado da criança não possa ser retraído e sim desenvolvido. Se o assunto sobre sexo for explorado apenas na adolescência, pode ser muito tarde, visto que as mesmas têm buscado informações por outras fontes, por terceiros e de maneira destorcida.
3 - É errado os pais tomarem banho despidos com os filhos?
Tomar banho com os filhos não é nada de mais, quando os pais agem com naturalidade, e se comportando de tal forma, eles desenvolvem nos filhos a noção de beleza e do prazer da sexualidade, sem alusão da vergonha ou do pecado. Os pais não devem ficar constrangidos, devem passar para os filhos um clima natural. É nesse momento que a criança aprende a identificar e descobrir sobre a sexualidade, principalmente sobre a sua e, podendo ele diferenciar e conhecer partes de seu corpo, como também, o tipo de sexo, e perceber e entender as transformações que vão ocorrer em seu corpo, além de criar uma intimidade com os pais que a deixará mais seguro.

4 - Devemos castigar as crianças quando elas falam palavrões?
Não, devemos orientá-las e explicar o significado da palavra para ela de maneira correta se expressar, pois nem sempre a criança sabe a dimensão de certas palavras que pronuncia, pois em sua maioria repetem o que houve. Se a palavra for ofensiva, deve chamar a criança à atenção, de modo a que entenda que ninguém vai reagir e que apenas dirão que ele não está a ser uma criança bonita. A melhor forma de lidar com essa situação é oferecer-lhe alternativas que lhe permitam expressar, de outra forma, a sua irritação, aborrecimento ou mesmo a sua raiva. A melhor forma de educar consiste em demonstra-lhe que embora se tenha portado mal, ele continua a merecer todo o seu amor e carinho.
5 - Em casa, devemos enfatizar principalmente as informações sobre sexo, através de livros, revistas, etc.
Não, as informações sobre sexo em casa devem ser através de livros e revistas, pois as informações sobre sexo deve ter início em casa por meio de relacionamento entre família, seja no convívio natural com os pais ou responsáveis.
Sabemos que os pais exercem um papel importantíssimo na educação sexual de seus filhos, por isso é função da família e não dos livros ou revistas ensinar sobre sexualidade a seus membros. As informações corretas aliadas ao trabalho de autoconhecimento e de reflexão sobre a própria sexualidade ampliam a consciência sobre os cuidados necessários para a prevenção de vários problemas.



REFERENCIA:

SUPLICY, Marta. Conversando sobre sexo. Petrópolis, RJ: Vozes, 1983.
____________. Sexo se aprende na escola. São Paulo: Olho d´Água, 1995.

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