domingo, 20 de janeiro de 2013


Fases do Desenvolvimento psicossexual infantil

      




1-Do nascimento aos dezoito meses.

A fase oral tem características próprias: vai do nascimento da criança até um ano e meio de idade. Nesse período acontecem algumas coisas importantes na vida da criança e a gente precisa aprender a observar e a lidar com isso. Ao nascer o ser humano não está habilitado para continuar a viver por si mesmo, ou seja, é um ser totalmente desprotegido dependendo dos pais ou responsáveis para viver, em especial no que diz respeito à alimentação, abrigo, vestuário entre outras necessidades. A potencialidade sexual como ser feminino ou masculino é determinada a partir da concepção caracterizando assim o homem ou mulher, no entanto é de acordo com o modo de vida que essa identidade é mais bem entendida. Outro fator importante nesta fase de desenvolvimento é a aceitação do sexo dos filhos especialmente quando o mesmo não é esperado
A afinidade mãe-filho aparece como principal instrumento para o desenvolvimento psicossexual da criança através de asseio no banho na transmissão de mensagens de carinho e aceitação ou de rejeição e desamor. A partir dos contatos com o seu corpo a criança vai conhecendo limitações e sua própria identidade sexual. Após um ano até os dezoito meses, os bebês exploram ativamente seu ambiente, usando como base segura as pessoas que tem mais convivência e confiança.  À medida que dominam o ambiente desenvolvem a confiança e se tornam mais ansiosos por aprovação.

 2-Dos dezoito meses aos três anos.
A criança aos 18 meses já é portadora de segurança nos seus movimentos, arrisca algumas palavras e já tem certo controle das suas funções excretoras. Nesta fase à criança deve ser ensinada sem pressão, pois a mesma deve aprender a aprender e não atender por medo de ser punida evitando assim uma futura revolta.
Essa etapa deve ser bem orientada para que assim as crianças não antecipem as funções excretoras, não confrontar o desenvolvimento de uma criança com o de outras. Outro fator importante nessa fase é desenvolver o costume de banhar-se com outras crianças como pais, irmãos ou colegas dando assim a oportunidade de perceber as diferenças entre os sexos.
3-Dos três aos seis anos;
Nesta fase a criança já desenvolve muitos movimentos com mais facilidade, identifica formas, tamanhos, diferenças, bem como sua identidade sexual, sendo a fase de grandes curiosidades onde a criança se atesta de perguntas e curiosidades frequentes e indiscretas como jogos sexuais, utilizando-se dos órgãos genitais de si e dos outros. Brinca de papai e mamãe, de médico, com o intuito de contentar sua curiosidade sobre as diferenças sexuais.  Aos quatro a criança se utiliza de palavras e atitudes referentes ao corpo e a sexualidade, bem como a palavrões.
Dessa forma os pais e educadores ficam apreensivos. Neste caso é necessário que haja esclarecimento de maneira superficial, vindo a ignorar caso haja repetição da atitude mesmo que por provocação assim a criança cessará a ação.
4-Dos sete aos doze anos.
Nesta fase da vida é imprescindível que as ações da criança em relação à vida, o corpo e as relações afetivas sejam desenvolvidos com atenção pela família e escola, fazer entender a responsabilidade de cada membro respeitando diferenças, limitações, no objetivo de uma vida harmoniosa.
Também é importante entender que as pessoas têm seu valor e importância pelo que ela é e da sua maneira.  Aos 6 anos as crianças desenvolvem a consciência e o interesse de aceitar e perceber as diferenças físicas e sociais entre os sexos alimentando a vontade de casar-se com os pais, apenas pela curiosidade de assumir o papel de adulto. Outro fato que os deixa inquietos é saber se o nascimento do bebê é doloroso, no entanto o papel do pai no ato sexual não é bem envolvente, mesmo assim para a criança é importante saber que o mesmo contribui com o espermatozoide que a mãe precisa para formar o bebê.  Aos 11 e 12 anos, acontecem visivelmente as mudanças no corpo estando assim na fase da adolescência, período esse de menstruação para as meninas e ejaculação para os meninos. Esta também é a fase do “estirão”, aparecem pelos no púbis, nas axilas, nas pernas e no rosto; aumenta o tamanho do pênis e do escroto. São frequentes as ereções do pênis, pode surgir certo desconforto muscular em especial em relação aos exercícios e aos esportes. Nesta fase também são frequentes as brincadeiras com os genitais. Então, é normal que na fase da genitalização se dê mais importância ao grupo do que na família. No entanto, esse comportamento não desobriga que a constelação familiar esteja próxima dos interesses e desejos deste jovenzinho, isto é, lhe reservando sempre um espaço para um diálogo tranquilo e sem cobranças desmedidas, porém, demarcando-lhe limites.
Portanto em suma, o vislumbre da psicossexualidade servirá de norte para todos aqueles que tem o mister de zelar de crianças, conferindo-lhes roteiro seguro para se evitar indesejáveis recalcamentos que, no futuro, poderá ser a gênese de inumeráveis neuroses patogênicas; bem como significará o completo entendimento do gizado no Art. 17, do ECA.

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