sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Música , composição: Martinho da Vila (1969).


“O Pequeno Burguês” narra a luta de um personagem sem recursos, que dá duro para se formar numa faculdade particular e receber o seu “canudo de papel”: “Felicidade, passei no vestibular / mas a faculdade é particular / particular, ela é particular / (...) / mas felizmente / eu consegui me formar / mas da minha formatura / não cheguei a participar”.
Há quarenta anos esse grande cantor gravou essa musica criticando o ensino no Brasil, Mas, entendo sim o que ele tenta dizer, porém ao jogar para o estudante simplesmente o peso da vida acadêmica estará esquecendo que o Estado deve legislar e verificar através de políticas educacionais a excelência dos cursos e da faculdade, caso contrário acontece como nas escolas públicas, uma vez que, sem bons professores, assistência estudantil, estrutura,  moradia torna-se difícil estudar e produzir para o país. E isso não ocorre nas particulares e é um fato. 
Isso é a cara da realidade Brasileira e esta sempre atual, pra nós formando é um samba que não cansamos de ouvir e às vezes chorar de tanta emoção. Isso é uma verdadeira festa de Bamba e não de Burgueses.
Eu mesma já desisti de uma faculdade de pedagogia há muitos anos atrás por não poder pagar, não conclui o curso só ficou quem podia pagar, era uma turma de 40 alunos, só ficaram 15.
Talvez o Cantor cazuza tivesse razão quando gravou a música “A burguesia”. Estava também criticando o nosso país quando diz: “a burguesia fede”.
Como você pode perceber estes padrões continuam perpetuados pela classe média que nem mesmo sabe a origem dos termos, mas que acaba legitimando estes valores "pequeno burgueses".
            Hoje, a educação em todos os níveis - desde o ensino fundamental até o curso de pós-graduação - não tem sido alheia aos movimentos de mudanças, ao desenvolvimento científico-tecnológico nem aos movimentos sociais, políticos e econômicos em curso na nova sociedade.
            Durante muitos anos, acreditou-se que a escola fosse um lugar protegido, neutro, distante das manifestações sociais transformadoras, por imaginá-la um lugar inócuo, como se fosse possível concebê-la sem a sua história, sem suas inter-relações com a cultura ou com a realidade, sem os conflitos que lhe são inerentes. Atualmente não entendemos que a escola seja considerada de forma apartada de sua comunidade e da realidade que a cerca, ela está imersa na cultura, na comunidade, na representação social e política, em contínua interação com o seu contexto.
Os alunos trazem para as escolas questões que dizem respeito diretamente ao mundo interconectado por meio das mídias fazendo com que os professores se sintam desafiados.



  


Nenhum comentário:

Postar um comentário