O SIGNIFICADO DA LINGUAGEM
NA ORIENTAÇÃO SEXUAL
(enfatiza a importância do uso de
um vocabulário adequado para a educação sexual, ressaltando a distinção entre
linguagem informativa e linguagem expressiva).
QUESTOES:
1. Você acha que o educador sexual
deve utilizar apenas a linguagem científica?
A
linguagem na educação sexual deve contemplar tanto o conhecimento científico
quanto o conhecimento familiar/popular/cultural. Alguns educadores insistem em defender
o uso exclusivo
de um vocabulário científico, enquanto outros
sugerem que se deve adotar uma linguagem que vá além do que uma ciência
aplicada à sexualidade pode oferecer.
Alguns
educadores sexuais sugerem que os pais e professores podem desenvolver um vocabulário
adequado, aproveitando as perguntas das crianças sobre sexo para responder com
naturalidade e usando um vocabulário correto. Aconselham também que, em muitos
casos, deve-se usar transitoriamente parte do vocabulário incorreto usado pela
criança, porém citando sempre o sinônimo correto que, com o tempo, será
reforçado. A utilização de cartazes figura de revistas, que
mostrem os órgãos sexuais são úteis para a aprendizagem da terminologia
correta. Com crianças maiores (pré-adolescentes e adolescentes), podem-se estimular
debates a respeito do vocabulário correto.
Buscar razões para a utilização deste vocabulário, tais como: leituras
de artigos, visitas a médicos, entrevistas com especialistas etc.
2. Você concorda com o autor,
quando ele afirma que a utilização de um vocabulário científico deveria ser um
dos objetivos da Educação Sexual?
Sim,
pois a educação sexual é um tema muito usado nas escolas de todo país,
principalmente entre os alunos que não tem o conhecimento adequado do assunto.
Com isso as escolas juntamente com os pais devem ter como objetivo do ensino
correto da educação sexual. A pressão
da sociedade por uma linguagem sexual é inquestionável. Os pais transmitem a linguagem do ambiente a
seus filhos e estes incorporam jargões e designações que começam com uma designação
desvirtuada dos órgãos genitais (por exemplo, em lugar de pênis, pinto,
pirulito) e suas funções.
3.
No seu dia a dia, como você observa o
uso da linguagem quando as pessoas se referem a assuntos sexuais?
No
meu dia-a-dia as pessoas ainda têm um pouco de anseio e tabus de falar sobre os
assuntos sexuais, principalmente os pais para os seus filhos. Infelizmente
ainda existe pais que se recusa a falar de sexo com seus filhos, eles acham que
está incentivando seus filhos para a
prostituição, quando é ao contrário eles deveriam conversar com os seus filhos
a respeito deste assunto, como também as escolas usarem linguagens informativas
para que os alunos tenham os conhecimentos necessários a respeito desses temas
sexuais.
4. De acordo com o seu entendimento do
texto, é possível conciliar a linguagem informativa com a linguagem expressiva?
Sim,
pois tanto a linguagem informativa é importante para a aprendizagem do aluno
quanto à linguagem expressiva, pois os educandos muitas vezes precisa que o seu
educador tenha uma conversa franca e aberta para que possa facilitar a sua
aprendizagem, essa comunicação do inconsciente do educador e do educando é
muito satisfatória para os alunos. Se a educação se limita à linguagem
informativa, resultará apenas num tipo de comunicação objetiva. Afemann (1979)
afirma que existem dois tipos de linguagem: a informativa e a expressiva. A linguagem informativa caracteriza-se por dirigir
aos que nos cercam informações intencionais e pensadas. Na linguagem expressiva
é fundamentalmente o nosso inconsciente que se manifesta – prevalecem os fatores
emocionais e os valores que nos motivam.
Para o autor, esta é a razão pela
qual as informações exclusivamente racionais (próprias
da linguagem informativa),
são insuficientes para
provocar uma mudança no
inconsciente.
REFERENCIAS:
VIEIRA, Miriam Nunes. O Significado da Linguagem na Orientação
Sexual. Ciências Naturais. Ed. Universitária UFPB, Vol. VI. 2012. p.
157-160.