"No
momento que seu filho descobrir que você o engana você não será mais um pai ou
mãe perguntável. Você perde a credibilidade, mas seu filho continua curioso e
perguntará aos colegas". (Marta Suplicy)
QUESTÕES
1 - As crianças não têm sexualidade; portanto,
não é necessário que os pais se preocupem com esse tipo de educação?
As
crianças tem sexualidade, portanto os pais devem se preocupar com esse tipo de
educação, pois as mesmas manifestam ações de natureza sexual desde seu
princípio, sendo que é uma manifestação diferenciada das dos adultos. É
obrigação dos pais orientar seus filhos sobre esse assunto antes que eles
busquem essa informação fora de casa, visto que em sua maioria são passadas de
maneira errada e distorcida.
Portanto
a sexualidade da criança não pode ser entendida no sentido genital, mas sim no
contexto de uma série de experiências psicológicas e físicas que aos poucos vai
dando forma a seus pensamentos e a seu corpo, no que ela pensa sobre seu corpo
e como a sente.
2
- Devemos reprimir a curiosidade da criança sobre sexo, basta que elas saibam “dessas
coisas” na adolescência?
Não
devemos reprimir a curiosidade da criança sobre sexo, o ideal é conversar é
aproveitar os exemplos do dia a dia para debater com os filhos a respeito desse
assunto, e aproveitando esse momento de curiosidade para orientá-la, ou seja,
para falar sobre o assunto naturalmente sem constrangimentos, e assim aumentar
suas possibilidades de perguntar, indagar e aprender sobre sexualidade. Assim o
aprendizado da criança não possa ser retraído e sim desenvolvido. Se o assunto
sobre sexo for explorado apenas na adolescência, pode ser muito tarde, visto
que as mesmas têm buscado informações por outras fontes, por terceiros e de
maneira destorcida.
3 - É errado os pais tomarem banho
despidos com os filhos?
Tomar
banho com os filhos não é nada de mais, quando os pais agem com naturalidade, e
se comportando de tal forma, eles desenvolvem nos filhos a noção de beleza e do
prazer da sexualidade, sem alusão da vergonha ou do pecado. Os pais não devem
ficar constrangidos, devem passar para os filhos um clima natural. É nesse
momento que a criança aprende a identificar e descobrir sobre a sexualidade,
principalmente sobre a sua e, podendo ele diferenciar e conhecer partes de seu
corpo, como também, o tipo de sexo, e perceber e entender as transformações que
vão ocorrer em seu corpo, além de criar uma intimidade com os pais que a
deixará mais seguro.
4 - Devemos castigar as crianças
quando elas falam palavrões?
Não,
devemos orientá-las e explicar o significado da palavra para ela de maneira
correta se expressar, pois nem sempre a criança sabe a dimensão de certas
palavras que pronuncia, pois em sua maioria repetem o que houve. Se a palavra
for ofensiva, deve chamar a criança à atenção, de modo a que entenda que
ninguém vai reagir e que apenas dirão que ele não está a ser uma criança
bonita. A melhor forma de lidar com essa situação é oferecer-lhe alternativas
que lhe permitam expressar, de outra forma, a sua irritação, aborrecimento ou
mesmo a sua raiva. A melhor forma de educar consiste em demonstra-lhe que embora
se tenha portado mal, ele continua a merecer todo o seu amor e carinho.
5
- Em casa, devemos enfatizar principalmente as informações sobre sexo, através
de livros, revistas, etc.
Não, as informações sobre sexo em casa
devem ser através de livros e revistas, pois as informações sobre sexo deve ter
início em casa por meio de relacionamento entre família, seja no convívio
natural com os pais ou responsáveis.
Sabemos
que os pais exercem um papel importantíssimo na educação sexual de seus filhos,
por isso é função da família e não dos livros ou revistas ensinar sobre
sexualidade a seus membros. As informações corretas aliadas ao trabalho de autoconhecimento
e de reflexão sobre a própria sexualidade ampliam a consciência sobre os
cuidados necessários para a prevenção de vários problemas.
REFERENCIA:
SUPLICY,
Marta. Conversando sobre sexo. Petrópolis, RJ: Vozes, 1983.
____________. Sexo se aprende na
escola. São Paulo: Olho d´Água, 1995.
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