Fases
do Desenvolvimento psicossexual infantil
1-Do nascimento aos dezoito meses.
A fase oral tem características
próprias: vai do nascimento da criança até um ano e meio de idade. Nesse
período acontecem algumas coisas importantes na vida da criança e a gente
precisa aprender a observar e a lidar com isso. Ao nascer o ser humano não está
habilitado para continuar a viver por si mesmo, ou seja, é um ser totalmente
desprotegido dependendo dos pais ou responsáveis para viver, em especial no que
diz respeito à alimentação, abrigo, vestuário entre outras necessidades. A
potencialidade sexual como ser feminino ou masculino é determinada a partir da
concepção caracterizando assim o homem ou mulher, no entanto é de acordo com o
modo de vida que essa identidade é mais bem entendida. Outro fator importante
nesta fase de desenvolvimento é a aceitação do sexo dos filhos especialmente
quando o mesmo não é esperado
A
afinidade mãe-filho aparece como principal instrumento para o desenvolvimento
psicossexual da criança através de asseio no banho na transmissão de mensagens
de carinho e aceitação ou de rejeição e desamor. A partir dos contatos com o
seu corpo a criança vai conhecendo limitações e sua própria identidade sexual.
Após um ano até os dezoito meses, os bebês exploram ativamente seu ambiente,
usando como base segura as pessoas que tem mais convivência e confiança. À medida que dominam o ambiente desenvolvem a
confiança e se tornam mais ansiosos por aprovação.
2-Dos dezoito meses aos três anos.
A
criança aos 18 meses já é portadora de segurança nos seus movimentos, arrisca
algumas palavras e já tem certo controle das suas funções excretoras. Nesta
fase à criança deve ser ensinada sem pressão, pois a mesma deve aprender a
aprender e não atender por medo de ser punida evitando assim uma futura
revolta.
Essa
etapa deve ser bem orientada para que assim as crianças não antecipem as
funções excretoras, não confrontar o desenvolvimento de uma criança com o de
outras. Outro fator importante nessa fase é desenvolver o costume de banhar-se
com outras crianças como pais, irmãos ou colegas dando assim a oportunidade de
perceber as diferenças entre os sexos.
3-Dos três aos seis
anos;
Nesta
fase a criança já desenvolve muitos movimentos com mais facilidade, identifica
formas, tamanhos, diferenças, bem como sua identidade sexual, sendo a fase de
grandes curiosidades onde a criança se atesta de perguntas e curiosidades
frequentes e indiscretas como jogos sexuais, utilizando-se dos órgãos genitais
de si e dos outros. Brinca de papai e mamãe, de médico, com o intuito de
contentar sua curiosidade sobre as diferenças sexuais. Aos quatro a criança se utiliza de
palavras e atitudes referentes ao corpo e a sexualidade, bem como a palavrões.
Dessa
forma os pais e educadores ficam apreensivos. Neste caso é necessário que haja
esclarecimento de maneira superficial, vindo a ignorar caso haja repetição da
atitude mesmo que por provocação assim a criança cessará a ação.
4-Dos
sete aos doze anos.
Nesta
fase da vida é imprescindível que as ações da criança em relação à vida, o
corpo e as relações afetivas sejam desenvolvidos com atenção pela família e
escola, fazer entender a responsabilidade de cada membro respeitando
diferenças, limitações, no objetivo de uma vida harmoniosa.
Também
é importante entender que as pessoas têm seu valor e importância pelo que ela é
e da sua maneira. Aos 6 anos as crianças
desenvolvem a consciência e o interesse de aceitar e perceber as diferenças
físicas e sociais entre os sexos alimentando a vontade de casar-se com os pais,
apenas pela curiosidade de assumir o papel de adulto. Outro fato que os deixa
inquietos é saber se o nascimento do bebê é doloroso, no entanto o papel do pai
no ato sexual não é bem envolvente, mesmo assim para a criança é importante
saber que o mesmo contribui com o espermatozoide que a mãe precisa para formar
o bebê. Aos 11 e 12 anos, acontecem
visivelmente as mudanças no corpo estando assim na fase da adolescência,
período esse de menstruação para as meninas e ejaculação para os meninos. Esta
também é a fase do “estirão”, aparecem pelos no púbis, nas axilas, nas pernas e
no rosto; aumenta o tamanho do pênis e do escroto. São frequentes as ereções do
pênis, pode surgir certo desconforto muscular em especial em relação aos
exercícios e aos esportes. Nesta fase também são frequentes as brincadeiras com
os genitais. Então,
é normal que na fase da genitalização se dê mais importância ao grupo do que na
família. No entanto, esse comportamento não desobriga que a constelação
familiar esteja próxima dos interesses e desejos deste jovenzinho, isto é, lhe
reservando sempre um espaço para um diálogo tranquilo e sem cobranças
desmedidas, porém, demarcando-lhe limites.
Portanto
em suma, o vislumbre da psicossexualidade servirá de norte para todos aqueles
que tem o mister de zelar de crianças, conferindo-lhes roteiro seguro para se
evitar indesejáveis recalcamentos que, no futuro, poderá ser a gênese de
inumeráveis neuroses patogênicas; bem como significará o completo entendimento
do gizado no Art. 17, do ECA.
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